A importância da alimentação e da suplementação nutricional na prevenção e no tratamento da sarcopénia

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Carmen Alvernaz Souza
Rodrigo Peixoto dos Santos
Verônica Salerno Pinto
https://orcid.org/0000-0002-4344-6710
Diego Viana Gomes
Elton Bicalho de Souza
https://orcid.org/0000-0003-0538-6435

Resumo

Introdução: A sarcopenia é uma síndrome caracterizada por perda progressiva e generalizada de massa e força muscular esquelética com risco de comprometimento funcional, aumento da probabilidade de quedas e perda de autonomia. Método: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura científica, com utilização de artigos publicados nas bases de dados PubMed®, BVS® e Scielo® em português e inglês. Foram utilizados para busca os descritores "sarcopenia", "idoso" or “elderly” e "proteína" or “protein” sendo cruzados para busca com o operador booleano AND. Resultados:  Com prevalência que varia entre 3 a 24% em idosos, é um processo resultante de mecanismos fisiopatológicos que incluem envelhecimento, comprometimento neuromuscular, exercício físico, fatores endócrinos, estresse oxidativo e alimentação. No que diz repeito a alimentação, o consumo inadequado de calorias totais e proteínas parece ser os principais fatores contribuintes. Conclusão: a ingestão adequada de calorias e proteínas (0,8/kg/dia) e a suplementação de whey protein (20 a 40g/dia), creatina (0,3g/kg/dia), vitamina D e cálcio (1.200 a 1.500 mg por dia) podem prevenir e tratar o avanço da sarcopenia em idosos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Alvernaz Souza, C., Peixoto dos Santos, R. ., Salerno Pinto, V., Viana Gomes, D., & Bicalho de Souza, E. (2022). A importância da alimentação e da suplementação nutricional na prevenção e no tratamento da sarcopénia. Jornal De Investigação Médica (JIM), 3(1), 073–086. https://doi.org/10.29073/jim.v3i1.519
Secção
Artigo
Biografia Autor

Elton Bicalho de Souza, Centro Universitário de Volta Redonda, UniFOA, Brasil

Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica (UFRJ), Planejamento Educacional e Docência do Ensino Superior (ESAB) e Nutrição em Esportes (ASBRAN). Mestre em Nutrição Humana (UFRJ) e Doutor em Ciências (UNICAMP). Experiência em Programa de Saúde da Família, Docência do Ensino Superior, Nutrição Clínica e Nutrição Esportiva. Atualmente é docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA, nas disciplinas de Ética, Bioética e Orientação Profissional, Patologia da Nutrição e Dietoterapia II, Nutrição e Metabolismo e Nutrição Esportiva. Preceptor de estágio em Nutrição Esportiva (Volta Redonda Futebol Clube e Policlínica Dr. André Sarmento Bianco) e Nutrição clínica (Policlínica Dr. Leonardo Mollica - Anexo ao Hospital Municipal Rafful). Membro do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional da cidade de Volta Redonda - COMSEA/VR. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro Universitário de Volta Redonda (COEPS-UniFOA). Conselheiro Diretor do Conselho Regional de Nutricionistas - CRN4. (Gestão Renova CRN - 2019/2022).

Referências

Baverasco, L., Bernardi, A., Battastini, A. M. O. (2005). Glicocorticóides: usos clássicos e emprego no tratamento do câncer. Infarma, 17(7): 58-60.

Bischoff, H. A. et al. (1999). Muscle strength in the elderly: its relation to vitamin D metabolites. Arch Phys Med Rehabil., 80:54-8.

Burton, L. A., Sumukadas, D. (2010). Optimal management of sarcopenia. Clinical Interventions in Aging. 5: 217–228.

Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2018). Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017. Acesso em 20 de nov. 2021.

Cahue F, Frankenfeld SP, Yamashita A, Gomes DV. (2020). Mecanismos Intracelulares da Hipertrofia Muscular: Por que o Músculo Aumenta de Tamanho quando Realizamos Exercícios com Pesos? Uma Revisão de Literatura. JIM, 1(1): 14-25.

Corona, L. P. (2020). Prevenção da sarcopenia no idoso. Revista Kairós-Gerontologia, 23(27): 117-127.

Cruz-Jentoft, A. J., Sayer, A. A. (2019). Sarcopenia. The Lancet, 393(10191): 2636-2646.

Demoliner, F., Daltoé, L. (2021). Importância da nutrição na prevenção e tratamento da

sarcopenia em idosos. Perspectiva: Ciência e Saúde, 6(1): 67-74.

Deshmukh, A.S. (2009). Nutrient and energy sensing in skeletal muscle. Stockholm, Sweden: Karolinska Institutet.

Donatti, T. L. et al. (2011). Effects of glucocorticoids on growth and bone mineralization. J Pediatr., 87(1): 4 12.

Esquenazi, D., Silva, S. R. B., Guimarães, M. A. M. (2014). Aspectos fisiopatológicos do envelhecimento humano e quedas em idosos. Revista HUPE, 13(2): 11-20.

Fraga Junior, R. (2018). Osteossarcopenia – Suplementação de cálcio e vitaminas como aliada. WomenMinds, 1(4): 8-11.

Freitas, E. V. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Grupo Editorial Nacional (GEN), 2011.

Frontera, W.R. et al. (1988). Meredith CN, O’Reilly KP, Knuttgen HG, Evans WJ. Strength conditioning in older men: skeletal muscle hypertrophy and improved function. J Appl Physiol. 64(3): 1038-44.

Institute of Medicine/Food and Nutrition Board. (2002). Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids (macronutrients). Washington: National Academy Press.

Jones, T. E. et al. (2009). Sarcopenia –Mechanisms and Treatments. Journal of Geriatric Physical Therapy, 32(2): 83-89.

Lanna, C. M. M., Montenegro Junior, R. M. M., Paula, F. J. A. (2003). Fisiopatologia da Osteoporose Induzida por Glicocorticóide. Arq Bras Endocrinol Metab., 47(1): 9-18.

Leite, L. E. A. et al. (2012). Envelhecimento, estresse oxidativo e sarcopenia: uma abordagem sistêmica. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., 15(2): 365-380.

Liang-Kung, C. et al. (2016). Recent advances in sarcopenia research in Asia: 2016 update from the Asian Working Group for Sarcopenia. JAMDA, 17: 767e1-767-e7.

Marcell, T. J. (2003). Sarcopenia: causes, consequences, and preventions. Journal of Gerontology: 58(10): 911–916.

Marques, A. P. O. et al. (2007). Envelhecimento, obesidade e consumo alimentar em idosos. Rev. bras. geriatr. gerontol., 10(2): 231-242.

Martinez, B. P., Camelier, F. W. R., Camelier, A. S. (2014). Sarcopenia em idosos: um estudo de revisão. Revista Pesquisa em Fisioterapia, 4(1): 62-70.

Monteiro, J. R. S. et al. (2021). Sarcopenia e excesso de peso em mulheres portadoras de lúpus eritematoso sistêmico. Rev Bras Fisiol Exerc., 20(2): 212-22.

Moreira, A. P. B. et al (2012). Evolução e interpretação das recomendações nutricionais para os macronutrientes. Rev Bras Nutr Clin., 27 (1): 51-9.

Morley, J. E. et al. (2001). Sarcopenia. Journal of Laboratory and Clinical Medicine, 137(4): 231-243.

Morley, J. E. et al. (2011). Sarcopenia With Limited Mobility: An International Consensus. Journal of Laboratory and Clinical Medicine, 12(6): 403-409.

Moura, K. C. S. (2020). Sarcopenia e fatores associados em alcoolistas internos para desintoxicação. Braz. J. of Develop., 6(1): 5193-5208.

Moura, G. V. et al. (2021). Uso de suplementos alimentares no manejo nutricional em idosos com sarcopenia. Rev. Saúde.Com, 17(3): 2355-2362.

Oliveira, D. G. et al. (2014). Consumo de álcool por frequentadores de academia de ginástica. J Bras Psiquiatr., 63(2): 127-32.

Oliveira, F. B., Assis, B. R., Oliveira, A. M. P. B. (2011). Avaliação da força de preensão palmar em idosos participantes da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) da UEG – ESEFFEGO. EFDeportes.com, 16(158): s/p.

Peruchi, R. F. P., Ruiz, K., Marques, S. A., Moreira, L.F. (2017). Suplementação nutricional em idosos (aminoácidos, proteínas, PUFAS, vitamina D e zinco) com ênfase em sarcopenia: uma revisão sistemática. Uningá Review, 30(2): 61-69.

Phu, S., Boersma, D., Duque, G. (2015). Exercise and Sarcopenia. J Clin Densitom. 18(4): 488–92.

Pierine, D. T., Nicola, M., Oliveira, E. P. (2009). Sarcopenia: alterações metabólicas e consequências no envelhecimento. R. bras. Ci. e Mov., 17(3): 96-103.

Pillatt, A. P. et al. (2018). Quais fatores estão associados à sarcopenia e à fragilidade em idosos residentes na comunidade? Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., 21(6): 781-792.

Santilli, V. et al. (2014). Clinical definition of sarcopenia. Clin Cases Miner Bone Metab., 11(3): 177–180.

Silva, T. A. A. et al. (2006). Sarcopenia associada ao envelhecimento: aspectos etiológicos e opções terapêuticas. Rev Bras Reumatol, 46(6): 391-397.

Souza, E.B., Marfori, T. G., Gomes, D. V. Consumo da whey protein na prevenção e no tratamento da sarcopenia em idosos. JIM, 2(2): 109-127.

Taaffe, D. R. et al. (1999). Once weekly resistance exercise improves muscle strength and neuromuscular performance in older adults. J Am Soc Geriatr. 47(10): 1208-14.

Teixeira, V. O. N., Filipin, L. I., Xavier, R. M. (2012). Mecanismos de perda muscular da sarcopenia. Rev Bras Reumatol., 52(2): 247-259.

Tournadre, A. et al. (2019). Sarcopenia. Joint Bone Spine, 86(3): 309-314.

Vaz, T. L. et al. (2016). Consumo de proteínas e sua relação com a sarcopenia em idosos. Disciplinarum Scientia, 17(1): 41-51.

Verhaar, H. J. et al. (2000). Muscle strength, functional mobility and vitamin D in older women. Aging, 12:455-60.

World Health Organization – WHO. (2011). Global health and ageing. National Institute on Aging (NIA), National Institutes of Health. Department of Health and Human Services, Washington, D.C.

Yamada, A. K. et a. (2017). Treinamento de força/sobrecarga mecânica e sinalização do complexo 1 do alvo da rapamicina em mamíferos na hipertrofia muscular em diferentes modelos experimentais: revisão sistemática. R. bras. Ci. e Mov., 25(1): 168-182.

Yoon, M. (2017). mTOR as a Key Regulator in Maintaining Skeletal Muscle Mass. Front. Physiol., 8(788): 1-9

Zamora, E., Galán, A., Simó, R. (2008). Papel de la miostatina en la afectación muscular asociada a las enfermedades crónicas. Medicina Clínica, 131(15): 585-590.